Sinto que o mundo à minha volta anda a duas velocidades muitos diferentes e que nem sempre se compreendem. Duas forças que seguem em direcções opostas por momentos mas que de alguma forma ou de outra eventualmente voltam a seguir os mesmos caminhos. E subitamente até se sobrepõem! Confusos Óptimo! Expliquemos então.
Os solteiros: Lutam por conseguir uma casa que lhes chegue e que não os arruine. A maior parte tem o coração demasiado riscado para se afortunar demasiado, mesmo assim procuram alguém com quem se conectar... o pior é que são cada vez menos as possibilidades. E as perguntas sobre um futuro casamento, feitas pelos parentes hávidos sempre de uma boquinha livre, parecem nunca mais sessar! Há ainda a vontade de se realizarem profissionalmente que parece que ocupa um grande espaço na vontade. Há claro a liberdade, o jogo de cintura e a capacidade da independência...
Os casados: a casa e o carro já cá cantam. Seguem-se agora os filhos. Um, dois, três... Há muito que os problemas do coração seguiram outras vielas e agora são as finanças que os preocupam. Gostam da paz, do sossego e de desenhar a vida para que não haja sarilhos no futuro lá á frente. Há ainda a benção da família, a falta de tempo, o capacidade do amor...
Duas velocidadades Dois métodos de encarar a vida
Difrentes formas de sentir, e de encarar o problema
Duas velocidades opostas que por vezes chocam e fazem mais barulho que problemas mas que nos põem a pensar: será que gostava de estar na pele dele?
O certo é que acho que no fundo, não importa o quanto o neguem ambos invejam uma coisa um do outro: a liberdade, a família, a loucura, a paz...