É um conceito que muda de alma em alma. Uma sensação que se transforma e desabrocha com sentimentos que nascem e morrem em minutos, horas, meses ou anos.
Mas o que é? É algo para ficar? Para passar? Terá uma duração específica?
E o que é ser amigo?
É ser bom ouvinte? bom amante? estar lá sempre? ou nunca estar até ser preciso?
E quem são os bons amigos? Haverá escalas para medir realmente a amizade? Como se pode provar, que depois de muitos anos ainda cá se está com o mesmo papel?
Há medida que o tempo passa por nós,verificamos que também os amigos vão mingando, como que encolhendo com a chuva. E se inicialmente pouco nos preocupamos, porque outros à frente surgirão, com o passar dos anos, e das décadas, as coisas vão tomando outra perspectiva. Infelizmente mais negra!Mais triste...
É como se percebecemos finalmente que caminhamos cada vez mais depressa para a solidão. Que não interessa o que nos professaram quando fizeram oito ou nove anos, e se uniram naquele pacto cortando o dedo e deixando escorrer sangue para um copo, provando assim que iam ficar juntos, como amigos para sempre. Aos 30 vês que isso era mentira! E o que para sempre, não foram mais do que dois ou três minutos numa vida cheia de precauços, amores perdidos e barreiras erguidas.
Quem então são os nossos amigos? Aqueles que nos dizem olá quando correm para o emprego? Os que telefonam uma vez por mês mostrando estar ali, mas pouco interessados no que temos para dizer? Os que acham que a nossa vida comparada com a deles é apenas um somar de infantilidades? Ou os que se preocupam, nos ouvem e nos fazem sentir de perto o quanto ainda, apesar da idade que avança para espaços de mais responsabilidade, somos amados, queridos. E que ao falarmos ainda dizemos coisa interessantes que merecem ser ouvidas? A resposta é óbvia e por isso não precisa ser dada. Ou será....
Será que sabem mesmo qual é a verdadeira resposta?
O tempo passa e fico sem saber se assim é!
E todos os dias, enquanto a vida corre ao meu lado, leio por ai o que dizem e sinto as palavras que me são drigidas... ou não, vejo que são cada vez menos os que sabem a resposta. É como se o passar do tempo, a idade e os afazeres lhes toldasse, a visão e estes deixassem de conseguir ler e dar asism a resposta certa.
O tempo ditará quem conseguirá realmente ler...