Não sei o que se passa com muitos dos jovenzitos de hoje, que se atiram para uma relação, como se fosse a última hipótese de serem felizes. Fazem tudo uns pelos outros até ao extremo. E é nessa radicalidade que assenta, ao fim de uns meses, a força de junção daquelas duas pessoas. Não é o amor, a paixão ou amizade, é o medo da solidão...solidão perguntam vocês? Eu explico.... É que estes casais que na realidade já enterraram até mais não o que os unia, apenas não se separam porquem temem de morte estarem sós. Sendo assim fazem-se sofrer dia após dia, como se isso fizesse parte do contrato que assinaram no dia que se juntaram. Insultam-se, exigem coisas extremas, e transformam-se ou anulam-se conforme a relação apenas para ver se a coisa pode resultar com mais uns pozinhosd e perlim pim pim, falsos claro! Querem de lá sair mas não se atrevem. Culpam o amor, a paixão, mas na realidade o único medo é mesmo a solidão que os espera...ainda que esta seja melhor do que estar junto de alguém de quem já não se gosta. É uma coisa estranha, mas basta olharem para o vosso amigo do lado...verão que se não for ele, outro alguém vive uma coisa semelhante. Relação aposentada há meses, mas que se mantém, sem fulgor e sem paixão, mas que marina no meio de exigência, crueldades e gritos...porque afinal, é preferível a dois infeliz, do que só!
Isto não quer dizer que não hajam para ai uma centena de milhar de boas relções, que assentam no amor saudável, mas a verdade é que cada vez mais, vejo gente a fugir de estar só como se fugissem da cruz. Preferem a infelicidade juntos do que a felicidade só. Enfim...
Um tornou-se um número muito infeliz