Imaginem a cena.
Estão num jantar a rir como doidos. Já passa da uma da manhã. A noite está fabulosa. Mas infelizmente está na hora de pagar o jantar. Pegamos na carteira para escolher o cartão multibanco que verá os seus números diminuirem. Fala-se em dinheiro... mas isso há muito que deixei de ter na minha posse...sempre há assaltos. Prefiro o plástico, por muito ignóbil ou fútil que isso pareça.
A carteira, que parece estar sempre inchada, por causa das moedas, está magrinha e escanzelada. Faltam as moedas, pensamos nós. Abrimos a carteira no espaço certo e deparamos com o desastre. Onde estavam os poucos cartões multibanco que temos, está um espaço vazio. Procuramos nos bolsos, no chão e nada. O pânico toma conta de nós. Vasculhamos todos os recantos da carteira mas nada. O mjundo começa a nadar à roda. A raiva toma conta de nós! Verificamos na nossa memória onde foi a última vez que os vimos ou usámos os benditos cartões...e foi nessa mesma tarde. Horas antes. Depois desapareceram. Onde? Não sei!
Depois começa a rotina...irritado, nervoso, faço as chamadas para mandar cancelar tudo.
Do outro lado as vozes oscilam entre o extremamente simpático, tentado ajudar-nos a resolver todos os problemas, acalmando-nos em simultâneo, e o aborrecido, porque afinal a culpa é nossa de terem pegado na carteira e feito dela uma loja de doces.
Reparamos também que a nota de 20 que estava ali guardada para outra coisa também desapareceu.
O pânico aumenta enquanto falamos com a pessoa que nos tenta ajudar.
Felizmente correu tudo bem (havia um cartão que está em tão mau estado, que pensaram que estava ali só para enfeitar e nem lhe tocara!) e nenhum dos bichos foi utilizado. Foram mortos a tempo. Mas digo-vos que a experiência é para esquecer.
