É verdade sim senhor.
Fui até ao Algarve esquecer as tragédias da vida, as confusões citadinas e as notícias horrendas dos telejornais. Desliguei-me de tudo excepto do sol, da praia e das festas algarvias com música a rigor. Pus o off por apenas 5 dias. Hoje ás quatro da tarde carreguei no on.
É com horro que vejo que não estamos mais nua democracia, mas numa ditadura que teme cair com a chegada de um barco. Chama-se Women on Waves, esteve já em grande parte dos países contra o aborto que povoam a Europa mais conservadora. Em todos os países esteve alguns dias. Quem quis foi até ao barco para saber mais, para tratar de si, para infelizmente, abortar. Um processo complicado, triste e que não deixa nenhuam mulher indiferente.
Não sou a favor do aborto. Ninguém é. Quem é que quer passar a vida a passar por experiências traumáticas como é esta operação difícil. Ninguém. (Ok...os senhores do Direiro á VIda pensam ainda que as pessoas estão ansiosas que a lei passe para entrarem nas clínicas e todos os dias fazerem um aborto.)
Foi triste ver que o Governo, com barcos militares e tudo, se opôs a que este barco atracasse na Figueira da Foz. Ver que a ditadura das ideias de uns poucos tem que prevalecer sobre a verdeira opinião dos muitos (75% já disse querer que a despenalização seja um facto consumado). É triste ver o quão atrasados são os nosso políticos, que preferem ver crianças entregues a instituições mal tratadas, violadas e abandonadas...