
Será que é desta que adivinham que é o raptado?
Será???
Esta é já a terceira pista. Não basta?
Não costumo perder horas em frente à televisão. Normalmente está ligada apenas como barulho de fundo num qualquer canal de música. É preferível a ver qualquer sofrimento que a nossa televisão dá. Mas a sexta feira repugna-me seriamente. Quem é que gosta de ir par a televisão humilhar-se? Deixar que o gozem? A enxovalhem? Há masoquistas que gostam e por isso participam num dos piores programas da SIC: o Ídolos. Tudo para serem gozados por um júri, de segunda...
Mas quem pensam que são aqueles quatro idiotas para julgarem as pessoas daquela maneira? E não me digam que o Luís Jardim já fez isto e aquilo, que para mim não conta. O nome dele como produtor mesmo, só no disco da Riquita e vai lá vai...
Mas também que é o idiota que se candidata a uma segunda edição, depois de ter visto no que resultou a primeira. Para quemn não sabe deu em nada! Alguém se lembra de uma única música dos dois supostos vencedores? E do nome deles recordam-se? Eu calculei que não.
Porque em Portugal não se queria fabricar qualquer Ídolo e sim ter mais uma programa idiota de televisão que rendesse audiências suficientes e muita publicidade.
Quem ouviu ou se dignou a prestar atenção a ambos os discos, que rdo Nuno Norte, quer do Ricardo Oliveira (ambos com o toque de Midas- ok, deixem-me parar de rir..........- já está!- de Luís Jardim) viu que aquilo era menos que nada. 5 segundos de rock pop de segunda categoria, com uma podução que deixa muito a desejar e com canções de bradar aos céus. E as covers: um atentado aos originais. Dito isto... Porquê uma segunda edição? Porque é que as pessoas querem participar e serem humilhadas? Elas não vão a lado nenhum, excepto às revistas onde também são enxovalhadas, gozadas e agredidas gratuitamente. Haja paciência para tão mau programa
P.S- se querem aprender a fazer qualquer coisinha, olhem para os Ídolos inglês, alemão ou noruegês ok?
Por 6 dias despedi-me do meu telemóvel.
Vão ser 6 longos e penosos dias.
Tudo porque uma luzinha do écran se avariou. E eu que tanto o tinha elogiado durante os últimos 9 meses. Lá foi ele até à Samsung para ficar como novo. Pelo caminho tive que passar uma imensa lista de contactos e afins para um miserável Nokia que não conseguiu comportar coisas nenhuma. Estou reduzido a quase nada.
Volta Samsung, estás perdoadissimo!
P.S- Ahhhhhhh. Desculpem lá se isto está ás cores mas descobri uma coisa que faz isto mudar e que vai, se conseguir, dar nova vida a este blog
Passam apenas alguns minutos depois da uma e meia da tarde. O sol está meio escondido, mas o calor faz-se sentir.
Cá fora ainda se acotovelam muitas pessoas a tirar naquele minúsculo espaço as últimas fotografias, antes de entrar para a igreja. Lá dentro a azáfama é ainda maior. Quatro baptizados, quatro famílias. Todas da mesma zona. Nenhuma se conhece. Nada que ninguém estranhe. Estamos nos arredores de Lisboa. Aqui ninguém vive, apenas dorme. O barulho continua e muitos familiares procuram o melhor lugar para conseguirem ver o baptizado do sobrinho, do primo ou do filho do amigo. Nenhum lugar está livre... há quem peça até se pode ficar mais perto. Há sorrisos no ar, conversas de circunstância, beijinhos, abraços e até supresas. "Afinal sempre vieste?!" ouve-se aqui e ali.
E subitamente tudo é cortado de forma fria, sem emoção por uma voz esganizaçada: -Estamos no templo do senhor. Ou se calam ou eu não baptizo ninguém.
É assim que o padre faz a sua aparição na igreja, que há muito precisa de obras. O choque é total. O silêncio imediato. Mas pouco duradoiro. "Que mal educado" são as primeiras palavras que se fazem ouvir dos muitos presentes. O padre parece imune a um comentário dito de forma bem mais audível. A cerimónia começa. Lenta, sem pressas, enfadonha. A conversa do pároco é de outros empos. Fala-se de coisas antigas, de vindas à igreja diárias, da obrigação à confissão, do dever das mulheres cuidarem da casa. Na audência os comentários não param. Há uma certa incredulidade nas palavras que ouvem da boca do padre. Há até mesmo tempo, no discurso do jovem para que se perdoem os males feitos às criancinhas no caso Casa Pia. Os comentários sobem de tom...
-Calai-vos ou não continuarei esta cerimónia. Aqui apenas falam os inocentes e esses são as crianças.
A cerimónia continua. Há um certo mal estar que aumenta quando o pároco repara que duas das famílias estão incompletas. Uma por divórcio, outra porque nunca houve pai. As palavras do padre fazem-se ouvir.
-É preciso manter a família unida. Custe o que custar. As crianças devem ser trazidas para o seio da igreja católica e isso só pode acontecer de forma correcta se a família estiver completa. A mãe cuidando da casa. O pai a trabalhar. E ao Domingo, sem falta, uma visita à igreja. É assim a família...
Os múrmúrios sobem de tom. O padre manda sair da frente das crianças os muitos fotógrafos amadores e profissionais e diz-lhes mesmo que os proibe de tirar fotografias naquele momento, quando banha a criança na água sagrada e a unta com os óleos divinos. Quando um familiar mais afoito tenta romper a ditadura do pároco é travado pelo mesmo que ameaça não baptizar aquela criança se ele tirar a foto. O homem protesta mas volta ao lugar. A cerimónia arrasta-se. Passaram mais de 65 minutos. Há tempo para evangelhos de cristo, para pais nossos e avés marias. Poucos são os que colaboram nesta altura. Sente-se mau estar na igreja que está tão triste e lúgrube como a cerimónia.
E por fim... é o adeus. São segundos até o espaço ficar vazio. Ninguém gostou do padre.
Foi assim um baptizado em Lisboa numa igreja.
É desta forma que se pretendem atrair mais fieis a uma religião que morre a cada ano que passa? Não me parece que esta seja a forma certa. Os anos da ditadura há muito que passaram. A forma de vida há muito mudou. É tempo da Igreja sair do seu casulo e mudar também.