São sete da tarde. O local de trabalho está a alguns quilómetros de distância. Está sol e a brisa alivia o calor que ainda se faz sentir, como se o Agosto ainda agora tivesse começado. O passaros piam, as crianças saltam...e todas aquelas imagens cliché dos filmes americanos passam por nós, mas de uma forma saborosa e que aliviam o imaginário...
E nisto a realidade regressa. Brutal, sem aviso e de rompante. E é ai que chegam os chatos. Não os bichos, que parece que foram uma praga entre muita gente que andou a saltar de cama em cama este verão, mas aqueles que nos buzinam quando precisamos de paz, via telefone.
"Olá estás bom", vem sem vontade.
Do outro lado, antes que as primeiras palavras acabem de serem proferidas vem uma enchurrada de palavras que se atropelam umas às outras a uma velocidade tremenda. Não há tempo para grandes respostas, apenas para uns "pois", uns "hum hum", e pouco mais.
E quarenta minutos depois, de dura, cruel e chata realidade, o sol já se foi, as criancinhas já desapareceram e a brisa já está fria... é então que a voz se cala. Finalmente.
Foi assim uma vez... depois outra...e outra...e outra...e outra...e outra.
O pior é que contra este tipo de pragas não existe insecticida que resulte, porque é humana! Alguém sabe a receita perfeita para isto?