"Há uma geração rasca de políticos, formados nas juventudes partidárias e adubados com sinecuras que se instalou no poder, para mal dos nossos pecados. Gente para quem a mentira de hoje é a verdade de amanhã. Já não há pais fundadores da nossa democracia que nos possam valer. Logo à noite, o bom povo de Oeiras, Gondomar, Amarante, Leiria e Felgueiras vai mostrar ao país inteiro o abismo moral em que caímos. E depois, tudo recomeça. De eleição em eleição até que a mediocridade seja, finalmente, soberana e maioritária".
Não sei quem escreveu isto, eu não fui, mas é um adivinho de certeza...
publicado por Psyhawk às 22:42
Não é que estivesse à espera que Portugal subitamente acordasse e reparasse que estava na altura de mudar. Conheço bem do que sou feito e por isso não esperava nada de diferente do resto do país. Afinal não somos todos nós Portugal? No entanto sempre pensei, aliás, sonhei que nas eleições, ás vezes, as coisas fossem como nos contos de fadas: os bons eram recompensados os maus morriam e desapareciam do mapa. Pois a trama das eleições autárquicas deixou-me de boca em banda. Como se estivesse a ver um filme independente, daqueles em que por falta de solução, se arranja a pior possível para que a conclusão sejao mais chocante possível. Assim, pude ver os corruptos do país, mais uma vez, chegarem ao trono das câmaras, impunes e sem que justiça lhes possa deitar as mãos. Foi triste ver os Isaltinos e as Fátimas da vida escaparem perante a peneira da justiça, que cada vez tenho mais a certeza ser não só cega, mas também surda e muda. E assim Felgueiras, Gondomar, Oeiras e outros tantos destritos, levaram aquilo a que tinham direito. Só não se venham é queixar depois. Depois, é tarde!
publicado por Psyhawk às 22:33