Um dia, sei, no meu íntimo, que me vão perguntar, porque escolhi a profissão que escolhi. Depois de pensar e racionalizar vou apenas saber responder que fui lá ter por em criança ter sonhado em escrever para um jornal, ou até quem sabe, para uma revista. Nunca quis aparecer. Nunca quis ser a notícia.
Então e depois? Não morreram as vacas nem ficaram os bois.
A vida foi seguindo, calma e vagarosamente. E subitamente, depois de ter passado por aqui e por ali fui dar àquilo que podia ter sido um sonho e que lentamente, como se por obras de magia se foi tornando um pequeno mas miserável pesadelo. Perguntar-me-ão então, poque ficaste nessa profissão. Direi... não sabia fazer mais nada.
Não? Sempre tive duas mãos, dois pés e nunca me faltou vontade para fazer fosse o que fosse. E como tudo na vida os limites traçam-se...aqui um...ali outro. Uns a branco e que podem ser apagados. Outro a vermelho para mostrarem que não se pode ir mais além. E como não pretendo nunca mais ter que apagar um risco vermelho, um dia mudei de profissão...
Um dia perguntarão? Sim...um dia mudei. E fui feliz!