Confesso não ser fã da banda. Os discos dos mocitos parecem sempre demasiado bem produzidos, com uma chama pouco acesa e demasiado plástica. O novo álbum está mais ligeiro, mas a verdade é que continua a pautar-se pelos exageros da parte da produção- as faixas onde isso mais se nota é no hino D'ZRT revolução e no novo single Verão Azul. Mas, a verdade, é que todas estas imperfeições que se detectam ao fim de duas passagens do novo álbum Original, desaparecem quando eles chegam ao palco.
Como já disse não tenho nada de fã da banda, mas se calhar devia.
A verdade é que os quatro rapazes, Edmundo, Paulo Vintém, Vitor Fonseca e Angélico são bombas atómicas quando se atiram para cima do palco. Eles não param, e dão um show como poucos artistas em Portugal conseguem. Cantam, dançam, puxam pelo público munidos de uma energia contagiante e que os transforma de um segundo para o outro em estrelas tão brilhantes no firmamento que é impossível detectar outras que estejam a menos de 1000 quilómetros de distãncia.
Fiquei de boca aberta!
Não porque eles tenham vozes excelentes, com a excepção do Edmundo, mas a harmonia conseguida entre os quatro é perfeita, apagando as imperfeições de qualquer um dos rapazes. O certo é que ao fim de 40 minutos de espectáculo é impossível não bater o pé, ao som dos contagiantes temas dos rapazes. E subitamente o morno Verão Azul torna-se um canção como poucas.
Estes quatro são sem dúvida uma banda de palcos. Quem diria ahm?