Desde que Nelly Furtado surgiu no horizonte musical com o single I'm Like a Bird, sou um dos seus maiores detractores. Nunca achei que ela fosse original, que os álbuns fossem criativos ou que a sua voz fosse minimamente interessante. Para dizer a verdade a cantora de I'm Like a Bird (um dos singles mais chatos do final dos anos 90) aborrecia-me de morte.
OaH NELLY era uma pastilha sem ritmo, entre o pop e o hip hop que não tinha, na minha opinião quaisquer rasgos imaginativos.
Folklore era dez vezes ainda pior. Não havia uma única música que se destacasse no meio de tanta mediocridade.
Mas os portugueses, porque ela era tia-neta-prima- sobrinha de descendentes portugueses, apaixonaram-se de imediato pela criatura. E achavam os discos da senhora uma preciosidade. Felizmente lá fora o interesse despertado com o primeiro álbum morreu depois do primeiro single.
Fui um detractor da Nelly, mas não mais!
Tudo começou há um mês quando distraido apanhei numa rádio americana, através de maravilha que é a internet, o single de estreia americano, Promiscuous Girl. Rapidamente apaixonei-me pela canção ritmada, quente e com aquela batida des-sincopada...ah lá Timbaland, ou não fosse ele o produtor.
Uns dias depois chegou a Portugal Maneater, o single europeu que conquistou o número um no top inglês. A minha curiosidade era tanta que andei pela net a checar o cd inteiro da menina. E faz quatro dias comprei-o. E não há uma canção má. Do principio ao fim do disco a sedução é continua: Afraid, No hay IGual, Te Busqué ao lado dos Juanes, All Good Things Come To an End... além dos dois brilhantes singles, acompanhados de videos muito apetecíveis...
Estou de rastos e para mim este já é um dos álbuns do ano.