Ontem deram-me uns ténis lindos lindos lindos
Problema...estão a comer-me os dedos!
Isto não é normal!
Ontem foi daqueles dias muito calmos no meu work, a ponto de ter estado mais tempo no MSN e no mail do que propriamente a fazer algo de útil. Também tenho direito né?
Subitamente, entre o meu nada que fazer, e as piadas que se iam lançando pela redacção recebi um telefonema. Infelizmente foi de pouca dura porque caiu logo. A rede no fim do mundo ainda é difícil de obter! Fiquei curioso porque tu, Carlos, nunca me telefonas... muitas vezes. Apenas para pedir contactos...LOL....
Peguei no telefone da empresa e liguei-te.
A conversa, tu sabes, não foi longa, mas, como tu próprio já escreveste no teu blog, fez-me voltar a trás no tempo.
Falaste naquela terrinha que foi palco de acontecimentos terríveis, belos e ao mesmo tempo diferentes. Falaste dos meus anos de faculdade, do meu grupo de amigos extinto, do qual até fizeste parte, da minha primeira paixão de jovem adulto. Recordaste-me da primeira grande briga por uma mulher, de ter querido morrer pela traição de que fui alvo, da capacidade como as pessoas tinham de gostar uma das outras. Ouvi Crash! Boom! Bang! dos Roxette outra vez, e depois o Saturday Night, da Wighfield! E tu só disseste uma palavra: Montes.
O que uma palavra pode fazer à nossa vida!
Não tenho más recordações do local, não penso que tudo o que passei foi inútil, não julgo as pessoas pelas suas opções, não tento criar na minha cabeça a fantasia do que poderia teria sido. Apenas recordo com um sorriso aquela palavra e tudo o que para sempre me irá recordar. Deus...e já foi há tanto tempo!
Ok...nem vou olhar para as fotos. Eu estava de pera e barba, tu com o cabelo como um ninho de ratos. E sim, estavas mais gordo. A Su está com uam bruta mini saia. A Shivita está a sorrir como uma doida, ao lado do Hugo (que é feito de ti rapaz!?). Logo depois está a Ana, sempre magra.... O Ulisses está com um sorriso de quem já fez mais uma... e depois há outras pessoas, mas menos importantes. O inverno de 1994 e o de 1995...e aquela terra jamais será a mesma!
Dam Yankees no seu melhor... é o mal de estar na redacção a ver o VH1!
Uma das melhores baladas de 1990
Há peças de teatro engraçadas, há as chatas e depois há esta: Pedra nos Bolsos. Um misto de comédia e drama, representada por dois actores nível B, mas que se saem como se fossem nível A.
Alexandre Silva e Heitor Lourenço dão vida a dois tipos que resolveram entrar como figurantes num filme brasileiro a realizar-se no Alentejo e que são obrigado a lidar com as estrelas, e os bastidores de uma pelicula.
Os dois actores além de darem vida aos figurantes, são também a actriz pincipal, o realizador, habitantes da terra e uma série de outros personagens caricatos e que por vezes levam ao riso involuntário.
Sem ser brilhante, os dois actores esmeram-se para burro numa peça que merece toda a vossa atenção.
Vá...que estão á espera?
Ter ido assistir, de madrugada, ás gravações do filme 20,13 Purgatório (que conta com Angélico Vieira, Marco D'Almeida, Maya Booth, Carla Chambel, Ivo Canelas, Nuno Nunes, Quimbé, entre tantos e tantos outros) foi divertido, mas também um massacre.
É que o filme está a ser maioritariamente gravado no campo de tiro de Alcochete. E este belo local é abrigo de milhares de milhões de MELGAS...cheiinhas de fome! Acreditem que estou todo mordidinho. Até através da roupa os bichos, que eram três vezes mais furiosos e de maior tamanho que normalmente, me morderam. E sem piedade.
Salvou-me de me tornar uma pústula humana um roll on de anti melgas. caso contrário hoje os meus dedos não caberiam nas teclas do teclado que me leva até vós.
Quem diria que um bicho tão insignificante poderia causar tanto terror. Realmente nós humanos, somos uma tristeza!
Assistir ás gravações de um filme em Portugal, é como assistir ao festival dos pequeninos. Tudo é muito reduzido, os meios são mínimos, e os efeitos especiais são quase de rir a bom rir. No entanto a boa vontade dos actores é tão grande, a entrega é tanta , que quase se espera que aconteça um milagre e a pelicula de Joaquim Leitão chegue longe...
Depois de ter passado a sexta e o sábado a trabalhar ontem resolvi vingar-me e ir ao cinema para uma sessão dupla.
Primeiro resolvi ir espreitar o afamado Michael Man, que fez a sua própria versão do clássico de televisão, Miami Vice. Com Collin Farrel e Jaime Foxx esperava uma pelicula cheia de cor, tiros, sedução e muito calor...como na série... mas o que vi foi uma decepção. Não há cor, a história é deitar pela janela e os actores parecem que estão em modo automático. O filme é quase patético de tanta reviravolta tosca que leva. Confesso que é já uma das maiores decepções do ano.
Depois, já entorpecido, fui ver uma coisa que em Portugal tomou o título de Há Dias de Azar, e que em inglês tem um nome mais interessante: Lucky Number Slevin. Josh Harnet, Bruce Willis, Lucy Liu, Morgan Freeman, Ben Kingsley são as estrelas desta maravilha...
Não vos vou contar muita coisa do filme, porque revelar uma parte é dar a conhecer o mistério que há para além da história, mas uma coisa posso dizer: há muito tempo não via um filme deste género tão bom. Recomendo a qualquer um que gosta de passar duas horas entretido numa sala escura. Vão ver que saem de lá com um espíritro fabuloso.