Onde todos podem uivar o que quiserem... vejam por mim!

06
Set 06

Não é dúvida para ninguém que passa por este blog que a música tem uma grande importância na minha vida. Acho que por vezes, vivo e respiro música. Mas é só às vezes. Depois tenho que pôr os pés no chão.

Por isso mesmo, desde cedo na minha vida comprei revistas e jornais de música. 90 por cento dessas compras vinha do estrangeiro, mas ocasionalmente lá comprava algo made in Portugal. As vítimas desse meu azo consumista eram o jornal Se7e (também a revista no qual se transformou durante meia dúzia de semanas nos anos noventa) e o Blitz.

Infelizmente o Blitz tinha um grande problema. Vivia num mundo musical ultrapassado, onde abundavam as preferências dos jornalistas e não os do público. A capa era invariavelmente o Loyd Colle (morto e enterrado desde o final dos anos oitenta, só conseguido a proeza de ser bem recebido em Portugal), O Nick Cave (booooooring)os Nirvana (que após 94 eram motivo para tudo e mais alguam coisa) e outras coisas do género, sempre a tender para as independências e nomeadamente para o desinteressante. Depois havia ainda a tendência jornalistica da públicação de se atirar a tudo o que era meramente comercial, julgando logo esses produtos como maus, horríveis e tinhosos.

Talvez por isso a sua popularidade foi descendo mês após mês, e a sua reputação junto das editoras era já nula, porque aqueles meninos só promoviam produtos de segundo e nunca o que se lhes pedia. E quando tinham que fazer uma artigo de alguém que realmente vendesse milhões faziam-no com desagrado e de forma tão chata que se adormecia ao fim de 5 linhas!

Enfim... por isso foi com agrado, lamento, quando vi o jornal Blitz, já no século XXI ser levado pela enchurrada e ser morto das bancas de publicações.

Sonhei então com uma publicação género Q ou Rolling Stone a explodir nos escaparates nacionais. Não tive sorte...

No ntanto o Blitz reformulado reaparecia. Cara lavada, eixo editorial mudado, mais comercial e mais interessante. Esta parecia ser a fórmula a ser aplicada...  embora logo no primeiro número fosse notório o atraso de assuntos, não havendo entrevistas a artistas que fosse explodir no mês seguinte com um disco ou um concerto, ou alguém que estivesse na berra. A parte de reviewes era francamente má, mas o resto lá escapava. Havia-se feito luz...

...até que surgiu o quarto número...que era um regresso ao Blitz antigo.

Ali estavam todos os maneirismos, os assuntos, as bocas, os textos que se tinham visto nos anos noventa. Era o regresso ao que era mau, vil e chato. A capa era a prova disso. Numa altura em que explodem no mundo musical os discos de Beyonce Knowles, Audioslave, Justin Timberlake e há mil e um assuntos musicais a rebentar em quase todo o mundo, a capa do Blizt são...os U2, que neste momento não tem absolutamente nada no mercado...nem um concertozito. Ok...há uma biografia que deve aparecer em Outubro...mas será isso motivo de capa?

Os textos voltaram a ser chatos, os gostos dos jornalistas o que se impõe.... tudo na mesma. Dita-se assim o fim do Blitz, que voltou a reviver o passado da pior forma. 

publicado por Psyhawk às 14:31

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