Estive três dias enfiado numa sala de cinema. Andava-me a apetecer tanto que não consegui resistir e fui três vezes visitar a sala escura. Ponto negativo para os adolescentes em duas destas minhas visitas, que deviam ser mortos à paulada. Felizmente a intervenção dos pica bilhetes ao fim de cinco segundos evitou banhos de sangue, que podiam ter sido inevitaveis. Adolescentes deviam também ser proibidos no cinema, a não ser que se soubessem comportar!
Filmes vistos
Filhos de Homem- Alfonso Cuarón, dá-nos uma visão negra do mundo, em especial de uma Inglaterra fascista, à la V de Vingança. Um mundo devastado, crú e sem vergonha. A história é contada sem moral, de forma fria, onde mutilados, mortos e afins são vistos como meros momentos de um filme pontuado por muita tristeza, e uma boa presença de Clive Owen que, para mim, é realmente o verdadeiro Bond. Vale a pena ver pelo lado brutal como a história é contada... não esperem sobreviventes! Quem esperava ver muito da Julianne Moore, engana-se redondamente.
The Devil Wears Prada- Sem dúvida um dos melhores filmes do ano. Anna Athaway e Meryl Streep brilhantes nos seus papeis. Um filme realizado com um gosto como poucos (e com uma banda sonora que se cola na perfeição às acções dos personagens), que mostra a veterana num dos melhores papeis de sempre. Simples, sem pretenções o mundo da moda é mostrado sem contemplações. E reparem que há ali muitas verdades a serem ditas, especialmente pela cruel Meryl Streep. Caros ex ou actuais Impalanos verão ali a presença cruela bem marcada. E realmente...o diabo veste mesmo prada!
Alex Rider, Teen Spy- Em Inglaterra foi apresentado como uma versão jovem do James Bond. O seu alvo, adolescentes que não tinha visto Sean Connery, Roger Moore, Pierce Brosnan e Timothy Dalton a fazer do agente mais carismático de sempre (o Gorge não sei quantos não conta porque aquele filme para mim não pega apesar de ter cenas em Sintra!). E é isso que o filme tenta mesmo ser. Breves aparições de Alicia Silverstone e Ewan McGregor tentam dar um sabor a um filme semsaborão, chato e com biliões de buracos na história. Há cenas penduradas como se na edição alguém se tivesse esquecido e apagado partes do filme. Uma desgraça. Um pré bond muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito mau!
Depois de anos a falar de nunca ir a uma coisa destas rendi-me!
Ao segundo dia estou PODRE!
Hoje fui a um debate de guionistas.
Tudo teria corrido perfeitamente se duas das meninas presentes, entre o público, a meio do debate, não tivessem começado à peixeirada, tipo praça da ribeira. Acusaram-se tudo e mais alguma coisa como se fossem inimigas do pior que há. Foi triste de ver que ninguém pode defender a sua ideia sem que haja alguém a querer atirar-se tipo leopardo para matar logo.
Quanto ao debate, houve algumas conclusões a tirar:
Que todos odeiam de morte o Jura
Que a Floribella só ainda está viva graças á Luciana Abreu, e que a adaptação é um miséria pegada
Que o Rui Vilhena é a segunda melhor coisa que aconteceu à nossa ficção depois dos Olhos d'Água (aquela novela horrível da Sofia Alves em que existiam duas gémeas)
Que o gajo que escreve a Doce Fugitiva tem medo dos jornalistas que se pela
Que o público universitário de hoje é mesmo uma merda e só faz perguntas que não interessam a ninguém...ou nem as fazem e limitam-se a dizer as suas opiniões, que na verdade também pouco interessam.
Que a Teresa Guilherme hoje saiu com as orelhas quentes do debate
Entre o pop dos anos oitenta, uma piscadela de olho ao hip hop, misturado com os ambientes de Williams Orbit e dos Pet Shop Boys, Robbie Williams constrói aqui um dos álbuns mais inspirados desde Sing When You're Winning. Rudebox é uma miscelânia de coisas que rapidamente entram no ouvido de tão bem produzidas e cantadas estão. Entre as melhores estão She's Madonna, Keep on, The Actor, Kiss Me, Lovelight, The 80's e The 90's.
Robbie Williams mostra que sabe como qualquer artista pop transformar-se de minhoca em borboleta.
Rudebox, um CD a comprar sem hesitar!
Ontem depois de um lanche com mais calorias do que era absolutamente necessário fui ao cinema.
Como esperado, Marie Antoinette, é uma pelicula lindíssima. A Kirsten Dunst não podia ir melhor- e candidata-se seriamente a um Oscar de melhor actriz- os cenários são lindíssimos e a fotografia excelente. O conteúdo...esse...está aquém da história que é contada...muito aquém mesmo!
Entre uma história de embalar, alguns factos históricos e muita imaginação Sofia Copolla lá compôs uma historieta, que não sendo um horror fica pobrezinha no magestoso que é tudo o resto. E depois a Kirsten não falha uma... podia ser pior, mas também melhor. Mas quem gosta de cinema realizado com minúcia, é uam boa película!
Quanto ao resto do dia...novidades quanto bastem, muita risota e esse chapéu aidinha...esse chapéu! Só tu! E KItty livra-te de comprar umas galochas. Vasco bate-lhe!
Não resisto. Andei uma semana a vaguear pelo mundo e por isos ouvi mil e uma canções.
Eis alguns sons a tomar atenção:
Lovelight- Robbie Williams
Te Busque- Nelly Furtado feat. Juanes
Dear Mr. President- Pink and Indigo Girls
Slipping Away (Crier la Vie)- Moby feat. Myllane Farmer
Rock Steady- All Saints
Easy- Sugababes
Coming Around Again- Simon Webbe
Something Kinda Oooh- Girls Aloud
This Is Not Real LOve- George Michael feat. Mutya
Foi feita uma sondagem telefónica...
A SIC quis oscultar o povo português sobre a despenalização do aborto que deve ser discutida na assembleia em janeiro e posta a referendo no mês seguinte.
O que encontrou: pessoas que pouco ou nada se interessam se este pais anda para a frente ou para trás. Mais de metade disse que não iria votar e quase 40 por cento dos que iam, faziam-no no não! Salvavam-se 51,9, que diziam sim...
Porque raio anda tudo desinteressado da vida política e social deste pais e se interessam mais pelas tricas do Castelo Branco e da Filomena Cardinali.
Descobri, hoje que os portugueses continuam pequeninos a pensar e fiquei triste.