Onde todos podem uivar o que quiserem... vejam por mim!

06
Out 06

Um dia, quando tinha 20 anos, escrevi num papel uma série de objectivos que gostava de ter cumpridos quando tivesse 30. Há poucos dias enquanto rumava por uma gaveta cheia de papeis inconsequentes, descobri esse mesmo papel. Misturava-se com pequenas conversas de faculdade, escritas em papel, meia dúzia de rabiscos e a promessa de um dia me darem o beijo que eu tanto queria (de quem seria esta letra?Meninas acusem-se que eu continuo a querer LOL).

O papel estava velho, meio amarfanhado, mas li-o atentamente.

Descobri em pouco tempo que não tinha cumprido muita coisa do que me tinha prosposto. Confesso, que rapidamente entrei num breve turpor que me levou a pensar se não seria um falhado, um idiota, e que, afinal, a imagem que algumas pessoas traçaram de mim- o party boy que acabaria a sua vida triste e sozinho antes dos 28- não seria realmente a pessoa que sou agora?

Deixei o papel aqui na secretária onde estou agora a escrever isto. Olhei-o de volta, uns dia smais tarde, e sabem que mais? Não me senti triste. Vi sim que tal como antes, ambicionava grandes coisas para mim mesmo. Que andava e ando  à procura do mesmo arco iris que ainda hoje busco, e que apesar de tudo, alguns dos sonhos já estavam cumpridos. (atenção nenhum deles incluia conduzir um carro!)

O papel foi fora. Não tem significado! Mas algumas ideias voltei a escrevê-las em outro papel. Sei que metade são tolices, outras sei que estarão cumpridas no próximo ano, na pior das hipóteses, mas a verdade é que descobri, em mim mesmo que nunca vou parar de procurar o gnomo e o seu arco iris, onde está guardado o caldeirão com as moedas de ouro. Talvez na véspera da minha morte...pois não tenho mais que fazer.

 Antes disso não.

E com isso reparei que cumpri um objectivo que tinha aos 20...continuar a ser feliz!

publicado por Psyhawk às 20:34

Um amigo meu escreveu recentemente que sempre sonhou que um dia ia ter orgulho do que faz, que não teria vergonha da sua profissão, que, em suma, não se sentiria uma prostituta da sua arte. Li o texto e senti-me um pouco triste. Sei que no fundo ele ambicionava um pouco mais para ele mesmo, que sonhava, não em ter milhões a seus pés, mas que, como um professor que odiei dizia, aquilo lhe trouxesse orgasmos mentais.

Pelos vistos o prazer para ele está acabar e o nem o viagra ajuda.

Ao longo dos 10 anos que exerço a minha profissão já escrevi de tudo. Destrui vidinhas aqui e ali (sem processos á vista...até agora!), relatei os dramas do Sporting (quem diria), falei de net, ciberespaço, música, DVDs, telenovelas, famosos, encontros e desencontros, sexo, dietas, sociedade... No fundo, acho que foi isso que me impediu de um dia também querer desistir. A mudança constante a que me vi submetido...umas vezes por gosto, outras porque assim a vida, nem sempre simpática, me obrigou.

Acho que é isso que ele precisa. Mudança. Respirar fundo a procurá-la. Não é deixar de escrever, pois sei que ele tem jeito e o próprio também o sabe, mas descobrir prazer em outro local, em outra, como ele lhe chama, prostituta...ou actriz porno!

As lágrimas que brotam não vão acabar com o sonho. Assim espero. Eu também lutei, gritei e espernei...aos poucos vou-me aproximando do objectivo, que reconheço já esteve mais ao meu alcanse, mas que nunca vou desistir de procurar...

E com isto te deixo

Tu percebes que no fundo apenas procuro dizer que não deves desistir (e sei certamente que não sou o único a dizer-te isso!) e que antes de te atirares para a reforma atencipada, provinda nós sabemos de algum que chegou a mais, a tua arte, não deve ser desperdiçada á toa. Deves, acima de tudo pensar...e quem sabe utilizar os teus ofícios, em outro local.

Recado dado...para ti e para todos os que querem desistir.

Antes de verem que altura tem o prédio, investiguem quem lá vive. Pode ser que se surpreendam e venham a descobrir que ainda não é altura de por um fim...

publicado por Psyhawk às 20:21

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