Confesso que já me faltam ver, em palco, poucos dos meus ídolos. No passado sábado lá despechei mais um. Uma viagem longa, que me deixou de rastos mas que compensou.
Eram vinte e cinco para a dez quando sai de casa. É verdade que o comboio é já aqui ao pé, e que geralmente apenas demoro dez minutos a chegar até à estação, mas como estou coxo, (algo que já aqui debati furiosamente) tive que ir muito antes do tempo. Mas como nada podia ser perfeito, apesar de ter chegado mais que a tempo à estação, eis que me apercebi que me faltava...o Bilhete! Deus... é preciso estar mesmo queimadinho como só eu para esquecer o principal quando se viaja para uma cidade a duas horas de distância para ver um espectáculo!
Consegui, graças a um taxista voltar a casa e regressar à estação antes do comboio me dizer adeus. Uma sorte.
E lá fui eu de pendular. Uma viagem excelente que se faz sem qualquer tipo de chatice e que passa num estantinho...acho que bem mais depressa do que de carro. Mas como não tenho carta se calhar não me apercebo bem das coisas. De qualquer maneira aconselho!
Não era meio dia e já estava em Coimbra. Meti-me a caminho do estádio da cidade académica...
Confesso que me faz confusão, ainda hoje, pensar na quantidade de dinheiro que se gastou a construir estas gigantescas estruturas pelo pais inteiro, sabendo de ante mão que iriam ter pouquíssima utilizade! Especialmente quando os clubes que existentes nessas cidades, muitas vezes pertencem à segunda divisão ou para lá caminham, e que, por isso mesmo, com excepção de grandes eventos e jogos de monta ( o que só acontece sabe-se lá de quando em quando), não conseguem juntar no campo, mais de 5 mil pessoas...e em dias bons, sem chuva!
Enfim...
E lá fui eu para ver o George Michael.
Sim, cheguei cedissimo e tive que esperar horas a fio, mas entre o ipod e um livro, mais dois dedos de conversa com desconhecidos, lá foi passando o tempo. É que fui sozinho, por isso, en quanto estava na fila, tive que arranjar milhares de formas de me distrair!
Felizmente o dia não custou assim tanto a passar e rapidamente me vi no estádio a correr- sim, mais a mancar do que a correr, porque isso ainda me é completamente impossível.
Consegui a proeza de ficar nos 800 primeiros, ou seja dentro de um circulo especial, c bem perto do palco, e com direito a uma pulseirinha especial que dava livre acesso à casa de banho, comer , etc e tal, sem nos peocuparmos em perder o lugar que tanto tinha custado a conquistar. Um must, a que já me acostumei desde os Bon-Jovi em 1993 e que nunca mais larguei!
Foram horas de espera que valeram a pena.
Não interessa o que já se tenha escrito sobre George Michael, porque o que interessa mesmo é aquela voz, e aquela capacidade de conquistar o público, que só um verdadeiro artista consegue. Apesar do rapaz já não ir para novo, pois está quase a completar 44 anos, tudo continua perfeito. A voz tem um timbre como poucos e, apesar de não ser a pessoa mais comunicativa com o público, consegue conquistá-lo em segundos com as poucas palavras que profere. Mas também, ninguém está ali para ouvir um discurso. Quem foi ver George Michael foi para ouvir a sua música...
Do primeiro ao último minuto o público rendeu-se às canções mais recentes e mais antigas, cantando várias vezes em uníssono com o cantor, que acompanhado de um ecrã como nunca antes tinha visto um, conseguiu focar em si todas as atenções. Amazing, Careless Wispher, Freedom 90, Star People 97, Jesus To a Child, Flawless (Go to the City), Precious Box, I'm Your Man, Everything She Wants, Father Figure, Praying For Time, Easier Affair foram alguns dos hits que fizeram o estádio de Coimbra tremer ao longo de duas horas. (só aquele intervalo é que não me agradou...mas enfim...coisas de estrela)
Fabuloso, fantástico...
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