Isto é como não se faz videos.
LOL
fascinante
Ao passar, mais uma vez, os olhos pelo brilhante filme de Sofia Copolla, Marie Antoinette, descobri um pouco das pessoas que me rodeiam naquela bela película. Da fútil, mas inebriante rainha francesa, passando pelo seu marido, o rei Luis XVI, os fidalgos, os amantes, os cabeleireiros... todos eles preencheram subitamente o meu dia a dia. Fui capaz de colocar pessoa por pessoa a interpretar um papel...comigo a dirigir, tal qual a filha de Copolla.
É estranho imaginarmos a nossa vida como um filme.
É estranho porque não sabemos exactamente que papel temos nela, por muito que desejemos ser o realizador. Por isso, muitas vezes, andamos por ela (a vida digo eu) meio à deriva, à espera que alguém da produção nos entregue finalmente o guião que tanto queriamos.
Sim, porque desde pequenos temos um...nem sempre segue é à risca o que desejamos. E tal qual uma estrela de Hollywood, mandamos para trás... para que aquele draft seja transformado em algo mais apetecível.
Infelizmente esta película terá um fim. E por incrível que pareça não terá escrito no último frame, e viveram felizes para sempre. A palavra fim, será a última que veremos. Passados os muitos, longos e pesados minutos (ás vezes transformados em mais de 80 anos) que foi o nosso filme, não vamos estar cá para avaliar o produto final. Outros farão. Não sabemos se fomos cinco estrelas, acirrados por um qualquer Alvim, que nos deu apenas 2 ou 3 pontos positivos. Ou se realmente nem deviamos ter aparecido para estrear algo assim tão mau.
Gostava de saber, mas prefiro esta incógnita e ir dirigindo, o meu filme em direcção a um eventual Oscar. pode ser que ele apareça antes da película estar mesmo completa. Ás vezes acontece!