No passado sábado aventurei-me no desconhecido, e parti para o encontro com a minha turma de faculdade... já lá vão 10 anos que a deixei!
Confesso que ia nervoso, cheio de suores frios e a pensar o que me poderia ainda unir a estas pessoas? O que me faria também a mim, encetar esta viagem ao passado?
Mas comecemos pelo passado recente...
Tudo começou com a minha colega Sofia Rijo a atirar-se de unhas e dentes a este projecto. Ela estava decidida a juntar o máximo de gente possível neste encontro. Ok, ela sabia que era impossível arrecadar 132 marmanjos num restaurante- era o número original de pessoas que eramos no primeiro ano...só a turminha da tarde- mas queria pelo menos um terço dessa gente. Pelo menos os que conseguiram chegar até ao fim, e dar-se por felizes de terem passado pela aventura universitária.
Depois de mais de 1000 mails. Sim, 10000 (a minha caixa de correio bem se queixou!)! Eis que lá conseguiu o seu intento. Acho que fomos 30 os que aparecemos. Mais coisa, menos coisa... talvez mais se contarmos com quem apareceu atrasado!
Mas como estavam eles?
O que teria mudado?
Haveria rugas? Filhos? Casamentos falhados? Relações inacabadas? Segredos ocultos? Carros de Luxo? Amantes? Profissões loucas? Decisões impensáveis? Gente famosa?
O que teria mudado nesta gente toda?
Achei, e confesso aqui, que ia sentir-me um pouco deslocado. Que não ia conseguir sobreviver ao jantar, que me ia fartar, sei lá... acho que era, como aqui apontei, nervoso miudinho!
Talvez por isso tenha chegado cedo...20 minutos antes da hora combinada.
Comigo a amiga dulcineia que me tem feito companhia nestas coisas de jantares de recordações do passado.
E o relógio começou a trabalhar.
Ambos nos questionávamos sobre quem seria o próximo, quem estaria mais diferente...
E à hora marcada...às oito e meia... começaram a desvanecer-se as dúvidas.
Um por um lá foram aparecendo os trinta convivas- mais coisa menos coisa.
O saldo? Não esperava o que aqui vou dizer, mas está tudo como o vinho do porto. Estamos melhores! Mais maturos é verdade, mas não menos inteligentes, muito mais giros (como tanta gente se fartou de apontar) prontos para a brincadeira, e com a lingua afiada.
Em poucos segundos desvaneceram-se os medos, as inseguranças. Começaram as perguntas, os esclarecimentos...
Todos queriam saber quem estava onde, a fazer o quê, o que lhe tinha acontecido na vida, e claro...saber de outros, que infelizmente por uma razão ou outra não puderam aparecer (Susana, para a próxima tens que ir... isso de dar à luz no dia seguinte não é desculpa) .
Foram 5 horas bem passadas.
A cada nova entrada um urro de festa.
Depois como mandam as regras, começaram as despedidas. Uns mais cedo, outros mais tarde. Os solteiros foram ficando. Os casados e com filhos relutantemente abandonaram os festejos.
Mas foi engraçado. E pelo que ouvi dizer há já outro agendado para o próximo ano.
No fim só faltou o grito...
É U.é A. é UAL
Ficam aqui algumas fotos de prova da festa