Onde todos podem uivar o que quiserem... vejam por mim!

30
Jun 08

Viajar pelos canais cabo é uma autêntica aventura. Encontra-se de tudo um pouco e raramente alguma coisa minimamente satisfatória.

Talvez por isso nos dias de hoje se considere mesmo que o zapping é um desporto. É preciso mesmo muito treino, muita dedicação à programação de mais de 60 canais, para saber como nos entretermos durante dias e dias por semana, sem sair de casa. Só uma mente treinada não iria parar a uma novela mexicana...ou portuguesa, a uma programa dobrado em brasileiro ou ao MVM....

E perguntam vocês, o que é o MVM?

É uma coisa nova. Uma espécie de televisão amadora, mas que se leva muito a sério, onde todo o gato sapato pode deitar cá para fora o que lhe vai no intestino.  Sim, porque é merda o que mais se ali vê. É que nem há nada de muito criativo ou com uma montagem original. São simples rúbricas com os temas mais rascas feitos à pressão e, regra geral, com apresentadores que nem os canais de televisão escolares aceitariam. Quase toda a gente é muito dred, muito em cima da moda...mas não sabem dizer duas frases sem meterem 10 gafes.  E dotes de apresentar ou carisma televisivo...nem vamos falar disso ok?

O drama é maior porque estão a levar-se muito a sério. E custa... custa imenso estar ali mais do que trinta segundos sem cair para o lado e desmaiar.

Com tanto canal para inventar, tanta coisa boa para imaginar e criaram logo esta insipiência adolescente sem eira nem beira.

publicado por Psyhawk às 23:27

25
Jun 08

Se há coisa que os portugueses têm falta, é de memória. Juro! Ás vezes acho que sofremos, como povo, de alzeihmeir em estado muito avançado. Se for para recordar os feitos da nação há 20 ou 30 anos, ou até 500- ou não estivessemos sempre a recordar os mafaldados descobrimentos-  tudo bem...mas se for uma coisa que data uns meses... nem conseguimos pensar no assunto.

 

Veja-se a bela gasolina e a justiça... isto já para não falar da saúde. Lembram-se? Ou será preciso um video dos Gato Fedorento para todos se rirem e depois se porem a  pensar: "Afinal há qualquer coisa por aqui que está mal!"

 

Pensei eu que a seguir ao Euro e ás façanhas do menino Cristiano Ronaldo voltariamos a centrar o nosso cérebro no que realmente estava mal. Mas não! O pessoal começou logo a tratar das férias, da casa no Algarve- para a qual não tem dinheiro para pagar, mas que vai usar o seu centésimoo crédito para poder ir. E se não são as férias é o calor que já anda a preocupar tudo e todos...culpa dos metereologistas que ainda agora o Verão começou e já falam de ondas de calor. Se for tão grande como a prevista no ano passado, acho que vou viver para a Noruega. Sempre deve fazer mais sol por lá.

 

Agora dramas é que não. Ainda é cedo. Quando os putos tiverem que ir para a escola, e a conta dos livros e dos tais empréstimos de Verão começarem a pesar, logo se pensa no assunto. Agora o pessoal quer é curtir...

 

E o Sócrates a esfregar as mãos!

publicado por Psyhawk às 21:31

Por vezes sinto que a minha vida é muito mais rotineira do que alguma vez pensei. Por muito que tente evitar faço sempre as mesmas coisas: o meu caminho para ao emprego, o mesmo tipo de trabalho, digo o mesmo tipo de piadas...

Acho que preciso de ir a uma feira comprar outro género de vida. Alguém sabe onde?

publicado por Psyhawk às 17:34

publicado por Psyhawk às 00:43

18
Jun 08

Eu sei que pareço um disco velho riscado, mas a verdade é que comprar casa tem o que se lhe diga. Há muita coisa a tratar, demasiado papel a assinar e tempo...esse nem por isso. Vi destruidas as minhas férias à custa de fogões, gás, electricidade, água, assinaturas, promessas compra e venda etc e tal.

Descobri que a praia pode ser uma miragem e que muitas vezes não passa disso mesmo.

Isto já para não falar do stress que ganhei graças ao meu pai, à vendedora da casa, e à ausência de descanso. Tomem lorenim por amor da Santa!

Foram-se as massagens, as paródias e a risota.

Em resumo: odeio ser adulto!

 

publicado por Psyhawk às 21:35

16
Jun 08

Ou tenho mil e um planos ou não tenho nada.

É assim a minha vida.

Por isso hoje, livre dos Euros, pelo qual todos sabem não nutro qualquer afeição, e sem convites para ir onde quer que fosse- na noite anterior havia estado a Kubar, pela segunda vez- decidi meter-me no cinema para quatro...talvez cinco horas, de acção, suspense, violência e efeitos especiais. Ou seja blockbusters de Verão!

Primeiro O Incrível Hulk...depois o The Happening.

 

O primeiro é um filme de acção, engraçado mas longe da perfeição de X-Men ou Homem de Ferro. Vale-nos o Eduard Norton que fica muito bem naquele papel. Depois fui ver o estranho filme de suspense que o senhor...M.Night Shyamaland (acho que é assim) fez. Confesso que estava cheio de expectativas depois de ter visto a apresentação.Além de que me tornei fã do senhor. Não quero saber dos detratores de Lady of the Water ou de A Vila. Eu gostei... e por isso lá fui eu ao cinema ver este The Happening...

...Mas apanhei cá uma desilusão que nem queiram saber.

Que tristeza. É que não é nem suspense, nem entretenimento, nem nada. É chato. E já não vamos daqui! Não há nada de concreto o filme todo e quando há não tem interesse (não vou aqui revelar nada para quem quiser ir espreitar)

Enfim...melhores filmes virão.

 

Ahhhhhhhhhhhh... já agora, um agradecimento aos casaisinhos que não quiserem ver o Euro como eu (havia muito mais gente no cinema do que eu esperava...). Para a próxima silêncio ok? Lá porque a gaja é loura e não percebe o que se passa, não expliquem tudo durante o decorrer da bela película ok? Ou façam-no no intervalo- sim tiveram ambos intervalo! É preciso azar- ou no fim.

Chiça! Será pedir muito? 

 

publicado por Psyhawk às 02:02

12
Jun 08

 

publicado por Psyhawk às 12:37

Estava aqui a percorrer os blogs vizinhos quando li que um dos "escritores" tinha ficado fechado fora de casa, depois de umas trocas e baldrocas com as chaves.

 

Ri-me com o que lá estava escrito e dei por mim a viajar no tempo. Felizmente não me acontece uma tragédia dessas há muito tempo... mas a última tem contornos ridículos.

 

Tinha uns 17 anos.

Estava de férias e lembro-me que bem cedo (na altura eu acordava com as galinhas) uma amiga minha, que morava no prédio, veio bater à porta. Tinha-se trancado fora de casa quando tinha ido buscar o pão. Estava com aquele ar desgrenhado das manhãs de lazeira de verão. Armado em cavaleiro- e estúpido que nem uma porta- decidi que a tinha que ajudar. Em vez de a mandar entrar, lembrei-me que um ano antes, numa situação semelhante o meu pai tinha conseguido- de forma mágica acredito, agora- abrir a porta de casa com um cartão de crédito e muita paciência. Por isso resolvi fazer o mesmo.

Fui buscar o meu multibanco (pobre alminha) e lá fui eu tentar salvar a donzela. Agarrei nas chaves e desci. (Ela morava uns andares abaixo).

 

Mas na tentativa de ser cavaleiro agarrei as chaves erradas. Levei as da arrecadação (que na altura eram um molho). Assim, após tentar, em vão, abrir a porta de casa dela, disse-lhe para passar o dia aqui em casa. Mas dei por mim  impedido de entrar. Relembro que era cedo, nenhum de nós tinha ainda tomado banho e o pijama de verão - na altura eu usava essas coisas- era a indumentária. Ahhhhhhhhh e não haviam telemóveis.

 

Dei por mim a ter que ir a uma vizinha, num estado lastimável pedir para telefonar à minha mãe a explicar o que tinha acontecido. Foi a risota total. Eu e a minha amiga furiosos. Especialmente porque os nossos pais trabalhavam e não iam estar em casa antes das seis da tarde.

Acabámos por passar o dia nas escadas- a vizinha deu-nos almoço, entre muitos risos e sorrisos- em vez de irmos para a praia- tinha sido por isso que ela tinha ido comprar o pão e ficado fora de casa...

 

Uma tarde perdida... e que me tornou paranoico. Hoje quando estou quase a sair de casa tenho sempre que verificar se tenho mesmo as chaves de casa comigo.

publicado por Psyhawk às 12:14

11
Jun 08

 

 

Há injustiças que não me passam no gasganete. Esta devia ter sido a música vencedora do Eurofestival. Fora com os paises da Europa de Leste! Não sabem brincar aos festivais...não vão!

publicado por Psyhawk às 15:57

As criancinhas correm, as mãezinhas gritam por elas, o calor aperta, os livros são a mesma coisa do ano passado. Há ainda os apertões, os preços demasiado altos para a minha bolsa, e aquelas bancas que me criam espécie.

Foi assim a minha ida, ontem (finalmente ahm) à Feira do Livro. Uma espécie de aventura à Indiana Jones (não é uma comparação gira?), mas sem tantas armadilhas e com um herói com menos idade. Sim porque é uma aventura conseguirmos sobreviver a tanto apertão.

 

Contudo o que me cria mais espécie nesta bem dita feira, á qual só faltei um ou dois anos nos últimos 12,  são aquelas mil e uma bancas, muito desinteressantes onde habitam livros esquecidos, com capas medonhas ou temáticas cristãs...ou a ver com alguma religião. Não são assim tão poucas como isso. São filas e filas de casinhas com compêndios chatíssimos que não atraem nem as moscas. Mas que ano após ano lá estão, com vendedores surumbáticos capazes de assustar...o susto!

 

Depois há ainda as banquinhas cheias de dicas para a vida sexual do povo. Os kamassutras de mil e uma espécies estão ali, à mãozinha de semear e com desenhitos tão explícitos que uma pessoa, mais distraída, quase pensa que entreou na feira do sexo por engano.... Logo ao lado estão os self help books: como perder peso, como ser feliz, como arranjar parceiro, como sobreviver ao governo do Sócrates, and so on... como se subitamente só soubessemos viver se nos dissessem como. O pior deles é o tal de Segredo que agora até tem um retrator que diz saber todos os Segredos do Segredo. Estúpido não? Enfim...

 

Com isto tudo, e mais os dicionários, os livros de cozinha, duas banquitas de desenhos animados e mais umas dez de produtos infantis e infantiloides resta pouco para ver. E o que vi...senhores.

 

Com sorte e depois de mais uns empurrões e uns cachorrinhos a entrelaçar-me as pernas (porque todos sabem que a feira do livro é excelente para passear o canito) lá comprei dois calhamaços. Vamos ver se são bons...

 

publicado por Psyhawk às 15:31

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