Pois é, fui ver ontem o Casino Royale apesar da carraspana que tinha. Mas a vontade foi maior do que os atchins, as dores de cabeça e maleitas do corpo. Vai dai saltei até às salas do Vasco da Gama para ver o novo Bond.
Confesso que ia a medo ver esta pelicula. As críticas tem sido muito favoráveis, e isso para mim, é normalmente um ponto negativo. Quer dizer que o filme é muito intelectual, pouco claro e que só meia dúzia de génios vão perceber como é que a coisa realmente funciona. E como a do Rui Pedro Tendinha (crítico que abomino e gostava de ver morto dentro de um lago cheio de enguias eléctricas e tubarões) era mesmo muito boa temi mesmo o pior!
Assim apreensivamente lá comecei a ver o filme.
O que nos salta á vista é que Daniel Craig não é o James Bond habitual. Falta ali qualquer coisa...ou há algo a mais...
Tendo em conta que esta é uma prequela não faltam erros mil de história e continuidade (nomeadamente a M), mas já estava pronto para isso. No entanto a intriga e o actor dão tanta verosimilhança à história que subitamente estamos nela imersos. Daniel dá o tudo por tudo, e apesar de não ser nem o Sean Connery, o Pierce Brosnan ou até o Roger Moore (os outros dois são dispensáveis) dá-lhe um toque rude, bruto e ao mesmo tempo sensual, que nos faz ver Bond de outra perspectiva. E no fim concluimos que o casting, embora não perfeito estava quase quase lá...faltava um danoninho!
No entanto para mim 007 é significado de paisagens luxuriantes, histórias mirabolantes, um vilão asqueroso, um handiman idiota mas poderoso e mulher mais que bela.
E é isto que falta a Casino Royale.
Porque o resto está lá... Falta o sexual, uma história que nos leve a mergulhar profundamente naquela ameaça, um vilão verdadeiramente temível (o Le Chifre é tudo menos temível!)... e as gajas. Havia tanto por onde escolher, e sem ser a vilã louraça, o resto está verdadeiramente áquem de uma Bond Girl.
Não é brilhante, mas podia ser bem pior. Vale a pena a curiosidade!