Li recentemente uma crónica do Miguel Sousa Tavares sobre criancinhas nos restaurantes, e do alto dos meus 32 anos...concordei plenamente com ele. Confesso, que com esta querida idade, me irrita profundamente ver estes pequenos duendes aos berros e a correr pelos restaurantes. Mexe com o meu sistema nervoso e é o suficiente para não voltar lá nos próximos tempos. E atenção que eu até gosto de putos. Até hoje, á medida que vão nascendo rebentos na família, sou sempre considerado o primo perfeito, tudo porque quando estou com um infante, me dedico 100 por cento a ele...
Mas isto de aos 32 (mais uma vez...é para me ir habituando que a seguir me torno Cristo...com 33) ainda não ter sido papá deve andar a mexer com o meu sistema de alguma forma.
É que um restaurante para mim, ainda é, um local de pausa, para estar com amigos ou família a conversar, a rir, a falar... mas não a ouvir berros de miudos, fartos de estarem presos a um único espaço e que estravazam a sua energia irritando tudo e todos, com muitas correrias e muitos disparates, daqueles chatos. E os papás geralmente riem-se, ou gritam com eles...mas nada fazer mais!
Não...não estou aqui a dizer que se devem banir as crianças dos restaurantes...não de todos! Mas confesso que em alguns eles não são bem vindos. Não...não é isto que quero dizer...ou antes é...mas quero acrescentar mais isto...não é que eles não sejam bem vindos...é que os próprios não querem lá estar! Especialmente se os papás lá vão estar horas a fio a conversar e a dar-lhes o mínimo de atenção possível. É dai, dessa pouca atenção e das horas presas num único espaço que se originam, maioritariamente as birras, as correrias e a gritaria desenfriada, que a mim, que entro então naquele bendito restaurante, me irrita solenemente!
Tá dito
Soltem os vosso cães!