Foi uma coisa, sensivelmente deste tamanho que ontem à noite morreu na minha casa de banho.
Meio ensonado, perto das quatro da manhã, fui fazer um xixizinho. Levei os óculos por acaso. Nem havia razão para tal, mas o instinto falou mais alto e peguei neles.
Fui até à casa de banho, fiz o que tinha a fazer e quando estou mesmo a sair do local, olho para cima e vejo uma coisa mexer.
Com o sono que tinha inicialmente pensei que estava a ver uma daquelas micro manchas de humidade ganhar vida, mas quando dois cornichos surgiram do nada tive a certeza: na minha casa de banho estava uma barat. Oh porra.
A minha primeira ideia foi matá-la logo ali...mas como quê?
Damn...
Ela lá em cima passeava alegremente entre o tecto e a parede. Puta...pensei! Ainda para mais estás a gozar com a minha cara.
Fechei a porta da casa de banho, fui a correr até à varanda buscar a esfregona e preparei-me para a matança.
Assim que entrei fechei a porta. E atirei com a esfregona contra o bicho que foi esmagadinho... pensei eu. Assim que a afasto começa a bicha a correr feita maluca pela parede. Acerto-lhe duas, três, quatro vezes. Agora estava no chão. Mais uma pancada na mona, mais outra...e a bicha a correr como se nada fosse com ela.Puta... voltei a pensar. Morre desgraçada!
Acordam as unidades parentais para ver o que se passa. Mãe grita...o habitual...o bicho desaparece.
Para onde foi? É a pergunta que passa pela cabeça de todos. O objectivo é que ela morra sem sair da casa de banho!
E ali vem ela a correr à louca.
Foram precisas mais de vinte pancadas para ela deixar de se mexer. Porque parecia feita de ferro. Porra que nunca mais morria.
A risota fez-se ouvir na minha casa vinte minutos depois.
Que parvoice. Foram precisas três pessoas bem coordenadas para matar aquele miséria. Que Miséria!
Realmente nós humanos somos mesmo uma desgraça!