Onde todos podem uivar o que quiserem... vejam por mim!

24
Out 07

Vou voltar umas semaninhas atrás no tempo.

Metam-se lá na máquina do tempo... já está tudo acomodado? Ai vamos nós. Ok, não é muito...são só três semanas. Ok, chegaram todos bem? Vejo ali que falta um cérebro, mas deixem estar que depois vou lá buscá-lo! eh eh eh ehe

Mas vamos lá ao que me levou aqui.

Todos sabem, porque eu sou um chato galocha, que há umas semanas estive em Londres.

Prometi à minha amiga super babe escrever sobre este tópico e esqueci-me.

Estive, durante os meus poucos dias fora de Portugal, na estranhíssima Tate Modern. Este Museu de obras de arte moderna, exibe os objectos e os quadros mais estranhos que possam pensar ou imaginar. É como se estivessem a gozar com a nossa cara. Uns parece que foram feitos por uma criancinha de cinco anos, outros são uma autêntica patacuada. Mais de 50 por cento são imperceptíveis e outros poucos nem percebemos onde começam e acabam. Uma pessoa sente-se parva... e garanto que os portugueses- que me cruzei com vários- são os que mais se irritam com aquilo. Por isso não falrou ouvir piadas engraçadas...eu próprio disse algumas...á medida que se vai passando pelas "obras de arte".

Porém houve 3 que me irritaram mesmo.

1- Duas mesas de diferentes medidas estão expostas e isoladas numa sala. Estão de pé, mas cortadas e coladas, parecendo que a mesma mesa está um pouco coxa. O título é: Encontros e desencontros de culturas! Sim, pois...eu acredito. É a mesa lá de casa do artista e pronto, não se fala mais nisso. Senhores!

2- Um quadro completamente negro é descrito assim: a felicidade e o riso...só se for ao fim daquele túnel de escuridão. Mais de metade das pessoas fica ali meia parva á espera que lhe expliquem onde está a piada da coisa.

3- Uma cadeira está enfiada dentro de um armário, seguros ambos por cimento. A descrição é: Pieta, (aquele famoso quadro que está no Louvre). Maria amamenta Jesus. Onde? Quem é quem? O armário é a Maria? Mas quem é que se lembra de uma coisa dessas?

Ou seja parece que andam a gozar connosco o tempo todo

Metade das obras de arte não tem eira nem beira.

Felizmente, como tudo o que há para ver em Inglaterra e é de exposição pública, este museu é de borla.

publicado por Psyhawk às 20:09

5 comentários:
O meu amigo devia ter vergonha de publicitar assim a sua ignorância. A arte serve para isso mesmo, para suscitar o pensamento, a discussão, o desconforto. Se o Homem estivesse confortável ainda nem teríamos fogo nem roda.

PS: A Pietá, cena clássica interpretada por muitos artistas do Renascimento representa Maria chorando o corpo morto de Jesus, acabado de tirar da cruz.
Carlos a 26 de Outubro de 2007 às 15:45

E é isso mesmo que o caro amigo se encontra a fazer ao escrever este post : pensou no que viu, concluiu que não gostava, discutiu com quem estava ao lado (as outras ignorantes que também lá estavam e concordaram com ele) e foi colocar-se confortável na Cafetaria da Tate Modern , onde se usa plenamente essa grande invenção que foi o fogo.
A avaliar pelas tuas ideias também se justifica deixar um cão a morrer de fome e sede numa galeria de arte como um certo "artista" fez, em nome da arte. Afinal estava lá tudo: o pensamento (o homem é psicopata), a discussão (como é que deixar morrer um animal é arte? ) e o desconforto de saber que isto aconteceu e ninguém fez nada.
Antes de ser ignorante...

Pois...o Van Gogh também passou fome e morreu na miséria. Entre outros. Ainda não havia Tate M odern, mas já devia havar uns que tal a usufruirem do tal fogo.

PS: Frase de um chefe de família tuga no Museu D'Orsay ao contemplar uma obra de arte impressionista: "Estive tanto tempo na fila para ver isto? Até eu desenhava esta merda"...

Não perceber, ok, aprende-se. Menosprezar é ficar ainda menor. Enfim, Estais em boa companhia.
Carlos a 26 de Outubro de 2007 às 21:09

Primeiro que tudo obrigada por aquele Estais em letra maiúscula. Tratada da mesma forma que Deus...A sério não mereço tanto. lol .
Acho que estás a confundir as coisas. Não se é necessariamente ignorante quando professamos o nosso desagrado com algo, que depois de compreendido, continua a não nos agradar. Não se trata apenas de arte. Eu não gosto de Nick Cave e no entanto entendo a música dele, os temas, vejo-lhe qualidade, mas aquilo a mim não me diz nada. E esta opinião negativa é tão válida como as positivas. Não gostar de uma obra de arte não se pode logo associar a ignorância e desconhecimento. Dizem-me que um armário cheio de cimento com uma cadeira lá dentro simboliza a violência doméstica. Eu vi e acho que não, mas isso não faz de mim ignorante. A arte para valer tem que para além de ser discutida, ser contestada e até vaiada. Aceitar sem reservas parece-me mentecapto e certamente que não era isso sequer que os artistas desejavam ao criar as obras.
rocket woman a 28 de Outubro de 2007 às 19:01

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