Não vale a apena falar dos problemas do Rock in Rio, até porque não há necessidade. As coisas tem melhorado de evento em evento e nota-se que a organização se esforça- ás vezes em vão- para que as coisas corram bem.
Este ano o medo da chuva também não ajudou às vendas que tenho a certeza seria muito superiores às que estão a ocorrer- apesar dos números serem impressonantes e de no primeiro dia se ter chegado, dizem uns, aos 100 mil...
(A verdade é que com excepção do dia da criança aquilo pareceu sempre lotado de gente. Xiça!)
But on with the show...
Eu tenho estado lá. Dia após dia e tenho visto do melhor e do pior.
Se o primeiro foi marcado pela desgraça chamada Amy Winehouse- 55 minutos atrasada, um performance vergonhosa e um aspecto de fazer medo ao susto- e por um Lenny Kravitz muito sensaborão, o segundo foi bastante melhor.
Para mim foi melhor porque finalmente e após 13 anos voltei a ver Bon-Jovi. Fã desde Slippery When Wet (ao terceiro CD... disco... estava conquistado) há muito que ansiava pelo regresso da banda a Portugal.
Até agora os meus anseios não tinham sido atendidos, até ao Rock in Rio (thanks cara Medina)
A banda está no seu melhor.
Apesar de ninguém ir para novo, e a voz de Jon Bon Jovi estar longe da performance de 1995, tudo o resto foi absolutamente sensacional. E só mesmo uma banda com os créditos dos Bon-Jovi para agarrar todo um recinto- cheio até deitar por fora- à segunda canção.
Mas também os rapazes não são parvos e sabem que a fórmula usada- algumas canções novas no meio de muitos, mas mesmo muitos hits- ajudam a vender bilhetes e a colocar o público a cantar em uníssono (bastou ver I'll be There For You, Have a Nice Day, Always, You Give Love a Bad Name, It's My Life, Livin'on a Prayer...)
Eu falo por mim que fiquei rouco.
Cantei canção após canção saltei, gritei, assobiei...Brilhante, brilhante.
QUERO MAIS!
Para mim até agora o momento alto do RIR.
Mas não foi só.
Embora tenha a certeza que em espaços mais intimistas- Coliseu ou Pavilhão Atlântico- Joss Stone seja ainda melhor que num espaço tão aberto, a jovem encheu-me de curiosidade. Simples, bem disposta e com canções orelhudas, lá foi ela disparando hit atrás de hit- que já são mais do que duas mãos cheias- do seu R&B pausado, mas com frescura no ar. Aquela voz é um doce.
Quero vê-la outra vez