Entrei, cumprimentei o condutor com o habitual "boa noite" disse para onde ia... e arrancámos. Quem sabe onde é a Estrada de Benfica, tem a noção que ali, por muito que se queira, andar depressa é quase impossível, porque a rua não é muito larga e tem sempre carros a vir de um lado e de outro.
Mas há quem tenha a percepção errada. E em poucos segundos iamos por ali afora a 150 a hora... que aumentou para 180, 190... na segunda circular. O meu braço agarrou-se com força ao puxador da porta. O motorista lá ia falando sobre sei lá o quê, porque eu só via o carro a tricotar pela estrada, ultrapassando tudo e todos. Confesso que a minha máxima resposta deve ter sido um sim ou um não!
E uma viagem de 15, 20...às vezes 25 minutos, transformou-se num salto de menos de 5 minutos. No destino, paguei e sai ainda meio abananado...e o homem com tanta sorte apanhou logo aqui na minha zona outro cliente que mal conseguiu por os dois pés dentro do taxi quando este arrancou a toda a velocidade.
Já me aconteceu quase de tudo neste meio de transporte, até um acidente, coisa que nunca me aconteceu em outro qualquer veículo.
Concluo, por isso facilmente, que tudo o que é psicopata do voltante quando não tem nada para fazer se lança à estrada como taxista. E depois dizem que há maus condutores em Portugal. Pudera, se se regularem pelos vulgos fugareiros, sim, não temos maus...são mesmo péssimos!